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Novo Mandato, Novos Desafios: A Influéncia da Reeleição de Donald Trump nas Relações Internacionais

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A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos promete impactos profundos na economia global, nas políticas comerciais, e nas relações internacionais. Em termos econômicos, o retorno de Trump traz à tona uma agenda focada em políticas protecionistas, O que abrange possíveis tarifas de até 10% sobre todas as importações e tarifas elevadas para produtos chineses, o que poderá pressionar ainda mais as cadeias globais de suprimentos e impulsionar o custo de bens em diversas regiões. Esta estratégia visa fortalecer a manufactura doméstica americana e diminuir a dependéncia de bens estrangeiros, mas ao mesmo tempo, aumenta o risco de uma nova guerra comercial com países como a China e membros da União Europeia (UE)​

Para o setor corporativo global, essas mudanças podem representar desafios consideráveis. Empresas multinacionais que dependem de cadeias globais de produção poderão enfrentar custos maiores e mudanças operacionais. As empresas na Europa e na Ásia, por exemplo, poderiam ter que reavaliar suas estratégias, principalmente se novas tarifas tornarem as exportações para os EUA menos competitivas. Esse impacto poderá atingir em especial a indústria de tecnologia, automotiva e bens de consumo, áreas altamente expostas a mudanças nas tarifas e políticas comerciais​


Em termos geopolíticos, Trump é conhecido por uma abordagem mais isolacionista e de distanciamento de alianças internacionais tradicionais. Isso poderá enfraquecer a cooperação com organizações como a NATO e colocar pressão sobre países europeus para aumentarem os seus próprios gastos com defesa. Além disso, a postura de Trump em relação à guerra na Ucrânia é de menor apoio direto, o que pode preocupar os países do leste europeu e a própria UE. Com uma possível redução do compromisso militar dos EUA na região, a Europa pode ter que investir mais em segurança própria, o que impacta suas economias​

A vitória de Trump também é vista com expectativa pelo setor das criptomoedas, já que o presidente tem planos de transformar os EUA na “capital das criptomoedas”, com políticas de regulamentação mais flexíveis, o que impulsionou o valor do Bitcoin recentemente. Com isso, espera-se um crescimento no mercado de criptos nos EUA, embora isso possa trazer volatilidade para as moedas tradicionais e influenciar o mercado financeiro global​

Sua vitória pode trazer impactos significativos para Portugal, especialmente no âmbito económico e comercial. Portugal, como membro da União Europeia, poderá ver-se diretamente afetado pelas políticas protecionistas de Trump, que buscam impor tarifas às exportações europeias para o mercado americano. Com tarifas de até 10% para produtos importados, a competitividade de produtos portugueses nos EUA pode diminuir, o que impacta setores importantes como o vinícola e o de azeites. Além disso, a desvalorização do euro frente ao dólar americano – impulsionada pela política económica de Trump e pela força do dólar – pode encarecer bens importados para Portugal e pressionar a inflação​

Para Portugal, o impacto poderá ser direto, especialmente nos setores exportadores. Com um dólar forte e um euro potencialmente mais fraco, o custo das importações americanas aumentaria, afetando desde insumos básicos até produtos acabados, além de pressionar a inflação. Em última análise, o cenário global enfrenta uma fase de incertezas, onde as economias, empresas e até consumidores individuais deverão estar preparados para enfrentar o efeito dominó das políticas americanas.

Em resumo, a vitória de Donald Trump traz consigo uma série de repercussões para a economia global, com potencial para influenciar desde as políticas comerciais até as alianças internacionais e os mercados financeiros. Seu retorno ao poder pode reviver uma postura protecionista, especialmente através de tarifas elevadas, que tendem a dificultar o comércio com países parceiros e impactar diretamente economias globais, incluindo a União Europeia e, em particular, Portugal. Empresas multinacionais precisarão se ajustar a uma nova ordem económica, onde o foco em produção local e autossuficiência dos EUA pode alterar a dinâmica das cadeias de suprimentos e reduzir a competitividade de produtos estrangeiros no mercado americano.

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