Há datas que não pertencem apenas ao calendário. Elas pertencem à memória, ao coração e à pele de um povo. O 25 de Abril é uma dessas datas — um dia que mudou para sempre o destino de Portugal, ao som de uma canção proibida e ao florescer de cravos nas espingardas.

O passado: o grito que se fez revolução
Em 1974, Portugal acordou do silêncio. Durante décadas, viveu-se o peso da censura, do medo, da guerra colonial, do atraso e da ausência de escolhas. Mas, numa madrugada de Abril, jovens capitães decidiram que era hora de mudar. E mudaram.
Sem sangue, mas com coragem. Sem tiros, mas com a força de quem sonha.
O 25 de Abril não foi apenas um golpe militar — foi o renascimento de um povo.

O presente: a liberdade que se constrói
Hoje, os Portugueses vivem numa democracia. Podem votar, expressar opiniões, criar, amar livremente, discordar. Mas a liberdade não é um ponto de chegada — é um caminho.
Há quem pense que está garantida, mas a verdade é que a liberdade precisa ser cuidada, defendida e, acima de tudo, praticada no quotidiano.
Ser livre é também ser responsável. É respeitar o outro. É escutar, dialogar, evoluir.
É lutar contra as novas formas de opressão: a desigualdade, o preconceito, a manipulação digital, o conformismo.

O futuro: os cravos que ainda temos de plantar
O que queremos para os próximos 50 anos? Que liberdade é essa que queremos deixar aos nossos filhos?
Uma liberdade apenas política não basta. Queremos liberdade económica, social, ambiental.
Queremos uma sociedade onde todos tenham voz, onde ninguém fique para trás, onde os cravos não murchem à sombra do esquecimento.

Ser livre é…
… poder dizer “não” sem medo.
… poder sonhar sem pedir licença.
… poder amar, criar, errar e recomeçar.
… é carregar Abril no peito e nas atitudes.
Porque ser livre é muito mais do que não estar preso — é estar inteiro.

Que nunca nos esqueçamos:
Abril é de todos.
E cada um de nós é responsável por mantê-lo vivo.